sábado, 12 de maio de 2007

De volta a escrever em Português: Sobre as relações

Estou de volta após uma breve ausência, de uma semana e meia do blog, de uma semana inteira do mundo. De volta para falar de relações. De volta para falar do fim das relações. Não sou nenhum perito, mas também não sou já nenhum novato.
Imagino que haja mil e uma maneiras e razões para se começar uma relação (amor, atracção física, duas pessoas que não conseguem ter uma relação e se juntam, etc). Todas as relações nos parecem ter uma boa razão de existir. Mas então, porque acabam as relações?
Da mesmas maneira, existem várias razões para isso. O fim do amor, encontramos alguém, um dos "membros" da relação faz muita merda ou não conseguindo lidar com os seus sentimentos mais negativos acaba tudo num impulso inconsciente de que se arrepende tarde demais para remediar a dor que causou. Uma coisa é certa: qualquer que seja a razão ela provoca dor, quer seja do amor perdido, quer seja do vazio da vida que aquela relação preenchia. É feio, é sujo (como dizem os ingleses), mas por vezes é necessário.
Como lidar com o fim? Bem como disse estive desligado do mundo uma semana. A maioria dos que me viram e ouviram nesta semana que passa não diriam nada pois mesmo desligada do mundo uma pessoa pode parecer tão bem como sempre esteve. Claro que bebi mais cerveja e fumei mais tabaco numa semana do que talvez num mês inteiro dos antigos (meses antigos esses em que a dor do amor não correspondido me corroia as entranhas). O fim duma relação, especialmente uma longa, é das piores dores que pode existir. A dor do vazio esmaga a nossa alma e deixa-a vunerável a culpas infundadas, desejos se desaparecimento deste mundo e outras coisas piores. Talvez por isso tenha estado tão afastado quanto o possível deste mundo na última semana.
No fundo só sabemos o que sabemos e o resto não podemos saber. Nestes assuntos da alma e do coração cada um lida como sabe. Pessoalmente tenho a minha receita. Beber, ouvir metal nas alturas, esquecer tudo, estar com os amigos, e partir para a próxima como se o amanhã não viesse nunca mais. A dor do fim é muito grande, a vida muito curta, a dor só serve para lembrar do mal e do bem de forma má. É esquecer e andar em frente...

1 comentário:

Mel disse...

Tudo o que tem um início tem um fim. O que interessa é que aconteceu. Por melhor ou pior que tenha sido faz-nos crescer e torna-nos naquilo que somos.